sexta-feira, 28 de outubro de 2016

OS SEGREDOS DO CULTIVO DE ORQUÍDEAS

EXISTE SEGREDO PARA CULTIVAR ORQUÍDEA?



Na verdade não existe segredos e sim, "O SEGREDO". 

Que nada mais é que oferecer às orquídeas o que elas teriam se estivessem em seu habitat natural.

Já sabemos que para ser uma orquídea ela deve pertencer a família Orchidacea, pertencente à ordem Asparagales, uma das maiores famílias de plantas existentes.

Temos mais de 30.000 espécies no mundo, além dos híbridos, o que dificultaria a qualquer cultivador definir em uma só publicação como seria o cultivo, sendo que cada espécie tem suas características e necessidades.
O que vamos passar aqui para vocês são maneiras de cultivo geral, os quais você deve adaptar ao seu clima/região.

Vamos começar falando dos tipos de orquídeas, de acordo com seu habitat.

Na natureza, temos:

1 - as epífitas ( que são encontradas presas em árvores, sem serem parasitas destas)


2 - as rupícolas ( que se fixam em pedras)
Laelia Flava

3 - as terrestres
Cypripedium calceolus


4 -  as saprófitas (que não possuem clorofila e usam restos de animais ou plantas em decomposição como alimento).

Rhizanthella gardneri

Por que falamos sobre isso, acima?

Em primeiro lugar para você saber que deve escolher uma orquídea, não só pela sua beleza ou sonho de consumo, mas que as necessidades de que ela precise possam ser atendidas na região em que você mora, ou seja, se você comprar uma orquídea que é característica do sul do País e vive no nordeste, provavelmente esta orquídea morrerá em pouco tempo, a menos que você crie um ambiente mais frio para o desenvolvimento dela.


Os principais itens a considerar no cultivo de orquídeas são:  

1- Irrigação:

O cuidado principal no cultivo de orquídeas é administrar a quantidade adequada da água. 

Quando as orquídeas estão plantadas em vasos, elas só devem ser molhadas quando o substrato estiver seco, o que pode ser verificado enfiando um dedo no substrato. Se o substrato permanecer sempre molhado as raízes apodrecem e a planta pode morrer. 

O substrato em vasos de barro seca muito mais rapidamente que o de vasos de plástico, por isso é conveniente deixar os dois tipos de vasos separados. 

Quando as orquídeas estão enraizadas em cestas de plástico ou madeira como as vandas, ou fixadas em pedaços de madeira ou nó de pinheiro, as raízes secam muito rapidamente e a irrigação deve ser diária, desde que as plantas estejam secas. 

Em todos os casos, as folhas e raízes podem ser pulverizadas todos os dias, especialmente nos dias secos e quentes. 

DICA:
Cuidado para não deixar água parada nas Pahalenópsis, pois pode levar à doenças.



As orquídeas devem ser molhadas preferencialmente pela manhã, para terem tempo de estarem levemente úmidas ao anoitecer. 

2- Adubação:

Os adubos complementam, com a água, a alimentação das plantas, auxiliando-as a desenvolver toda sua potencialidade. 

Os adubos podem ser sólidos, solúveis ou líquidos. 

Os adubos sólidos devem ser colocados diretamente nos vasos, evitando tocar na planta. Porém, há àqueles que devem ser diluídos.

Para os adubos orgânicos, usa-se uma colher média a cada 4 meses, em vasos de 14 cm de diâmetro. O tamanho da colher deve ser proporcional ao tamanho do vaso. 


Os adubos solúveis ou líquidos devem ser usados conforme as especificações de cada fabricante. 

A diluição dos adubos solúveis e líquidos em porcentagem menor do que a indicada pelo fabricante nunca é prejudicial. É preferível adubar com mais freqüência com dosagem menor. 

Adubação em excesso é prejudicial e pode até matar as plantas. 

Em período de frio intenso a adubação pode ser interrompida. 

3 - Vasos e suportes: 

Os vasos usualmente usados são os de plástico e os de barro e devem ter furos para escoamento da água. 

Os vasos devem ser preferencialmente pendurados para dificultar a entrada de lesmas e caracóis, que prejudicam as plantas. 

Se os vasos forem apoiados em prateleiras, o escoamento da água da irrigação não deve ser impedido por pratos embaixo dos vasos, pois a água empoçada vai favorecer o apodrecimento das raízes e facilitar o desenvolvimento de larvas. 

São utilizadas com sucesso, cestinhas de madeira ou de plástico. 

As orquídeas podem também ser fixadas em pedaços de madeira dura e em nós de pinho. 

Entendemos este ser o melhor meio pois ele se aproxima da forma como as orquídeas existem na natureza, as raízes se desenvolvem muito e não há necessidade de troca de substrato. 

4 - Tipos de Substratos:

Nas orquídeas plantadas em vasos o substrato mais usado é a mistura de casca de pinus com carvão. 

A fibra de coco está sendo bastante usada, é um produto ecologicamente correto, de manuseio bem fácil, mas deteriora rapidamente. Eu, particularmente não sou fã.

O musgo é utilizado para se plantar mudas pequenas, que precisam permanecer úmidas para não morrer. 

São usados ainda como substrato pedriscos, carvão e várias misturas. 

5 - Iluminação: 

A cor das folhas das orquídeas apresenta um verde médio brilhante quando a iluminação do local de seu cultivo está adequada. 

Quando as folhas estiverem amareladas, significa que a luminosidade está muito alta e, quando as folhas apresentarem um verde escuro, há necessidade de mais luz para que a floração seja regular. 



O sol da manhã pode incidir nas plantas, mas convém proteger a maioria das orquídeas da incidência dos raios solares após as 10 horas, com uma tela de sombreamento de aproximadamente 70%.  

6 - Ventilação:

As orquídeas se desenvolvem bem em lugares que sejam bastante ventilados, mas sem correntes de ar. 

Deve-se evitar que incida nelas o vento frio, que usualmente vem do sul. 

As plantas devem ser preferencialmente penduradas, afastadas de muros, para que haja circulação de ar, evitando, assim, o aparecimento de pragas. 

7 - Pragas e doenças:

É fundamental manter as plantas em local bem ventilado e iluminado. 

Molhando-as e adubando-as adequadamente, dificilmente aparecerão pragas ou doenças. 

Surgindo alguma anormalidade, o melhor é contatar e obter aconselhamento de alguém experiente.

8 - Plantio:

As orquídeas que crescem horizontalmente ( simpodiais -  um bulbo na frente do outro), devem ocupar mais da metade do diâmetro do vaso ao serem plantadas. 

Cattleya Aurantiaca - Cultivo Tati Rodrigues

Deve ser encostado o bulbo mais antigo no vaso, devendo sobrar um espaço à frente do bulbo mais novo no lado oposto. 

As orquídeas gostam de ficar “apertadas” nos vasos e florescem mais quando as raízes estiverem saindo dos vasos. 

Nunca use vasos muito grandes! 

Usualmente se coloca uma camada de pedras ou cacos no fundo do vaso, para fazer com que toda a água escorra e as raízes não permaneçam encharcadas. 

Em seguida deve ser colocado o substrato, sem comprimi-lo demasiadamente. 

As orquídeas que crescem verticalmente (Monopodias), como as Vandas, devem ser plantadas no meio dos vasos ou cestas, cujo tamanho deve ser o menor possível. 

Vanda - Cultivo Tati Rodrigues

Quando uma orquídea for plantada, ela deve ficar firme, sem balançar, fixando-a numa estaca ou nos arames que sustentam o vaso, quando ele é suspenso.

9 - Participação em grupos e associações de orquidófilos:

A melhor maneira de aprender a cultivar orquídeas é participar de alguma associação de orquidófilos de sua região. Lá você poderá conhecer novas plantas, ouvir palestras relativas à orquidofilia, trocar experiências, ter aulas práticas de cultivo e tirar suas dúvidas. Terá ainda oportunidade de criar novas amizades com pessoas que, como você, apreciam essa dádiva da natureza. Podemos divulgar o grupo no Facebook: Clube das orquídeas sem segredos, onde você poderá postar suas fotos, duvidas e comentários, aprender sobre cultivo, etc, pois o mesmo não tem o comércio como objetivo ( fica a dica: Clube das orquídeas sem segredos)

Cada item citado acima será abordado individualmente nas próximas postagens.




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