segunda-feira, 31 de julho de 2017

SERÁ QUE ESTOU CUIDANDO CERTO DA MINHA ORQUÍDEA?

FICA A DICA DE HOJE - Como saber o que falta na orquídea? Como identificar os sintomas de fome e/ou excesso?

Se os adubos são os alimentos das plantas, sem eles elas ficam com fome não é? 

Observando a planta durante o seu desenvolvimento, tem-se às vezes um meio grosseiro, mas simples e prático para se determinar quais os elementos que estão faltando no substrato e, portanto, o que é necessário fornecer na adubação. É necessário porém, deixar bem claro o seguinte: na maioria dos casos há falta de nutrientes no substrato, só que a planta não manifesta os sinais de fome (manifestação visível na planta da deficiência nutricional). 

Você poderá identificar observando os sinais que ela apresenta. 

Abaixo vou relacionar os elementos químicos e você poderá verificar se há falta deles em sua planta. 

Primeiro vamos relacionar o nosso conhecido: NPK, conhecidos como Macronutrientes. 

Falta de Nitrogênio (N): 
Plantas fracas; folhas de cor verde clara ou verde amarelada uniforme, inicialmente nas mais velhas; dormência de gemas laterais; folhas menores devido ao menor número de células; amarelamento e posterior queda das folhas traseiras.

Falta de Fósforo (P): 
Plantas pouco desenvolvidas; folhas cor verde azulado; às vezes aparecem na planta tons vermelho-arroxeados; folhas amareladas, à princípio nas mais velhas, pouco brilhantes e eventualmente apresentando manchas pardas; gemas laterais dormentes; atraso no florescimento; número reduzido de flores.

Falta de Potássio (K): 
Clorose e depois necrose (cor de ferrugem ou marrom quase negro) das margens e pontas das folhas, inicialmente nas folhas mais velhas; deficiência de ferro induzida (obs.: excesso de K induz à deficiência de Mg).


Também existem outros elementos que são necessários à nossa orquídea. 

Cálcio (Ca): Deformação nas folhas novas, resultado do crescimento não uniforme da folha e às vezes com um gancho na ponta (a ponta da folha deixa de crescer); raízes pouco desenvolvidas; manchas pardo-amarelas entre as nervuras que às vezes podem se unir e tomar a cor de ferrugem; morte das gemas em desenvolvimento; dormência das gemas laterais; manchas necróticas inter nervais; cessação do crescimento apical das raízes, podendo apresentar aparência gelatinosa.

Magnésio (Mg): Clorose das folhas, geralmente começando e sendo mais severa nas mais velhas; clorose inter nerval (só as nervuras ficam verdes, enquanto que o espaço entre elas se torna amarelado, avermelhado ou pardacento); encurvamento das margens das folhas; desfolhamento.

Enxofre (S): As folhas mais novas apresentam clorose (cor verde clara) e eventualmente podem apresentar uma coloração adicional (laranja, vermelho, roxo); necrose e desfolhamento; folhas pequenas; redução no florescimento; enrolamento das margens das folhas; internódios curtos. (Obs.: excesso de S pode ocasionar clorose inter val).

Boro (Bo): Folhas pequenas com clorose inter nerval ou sem clorose, podendo apresentar deformações; folhas mais grossas que o normal e quebradiças, com nervuras suberificadas (cortiça) e salientes, às vezes com tons vermelhos ou roxos; morte do meristema apical da gema em desenvolvimento; raízes com pontas engrossadas e depois necróticas e ramificadas; pode ocorrer ausência de florescimento (obs.: excesso de boro pode ocasionar a queima das margens das folhas, onde há acúmulo desse nutriente.

Excesso de cloro (Cl): Diminuição das folhas (primeiro sintoma); clorose, bronzeamento, necrose; raízes curtas e não ramificadas causa a necrose das pontas e margens; amarelamento prematuro e queda das folhas.

Cobre (Cu): Folhas estreitas e quebradiças; folhas verde escuras inicialmente que tornam-se cloróticas nas pontas e margens. O excesso de cobre induz à deficiência de Fe; folhas com manchas aquosas, que tornam-se necróticas; morte precoce das folhas; diminuição no crescimento; cessação do crescimento radicular e radículas enegrecidas.

Ferro (Fe): As folhas mais novas mostram-se amareladas (clorose) e as nervuras apresentam-se com a cor verde escura o qual corresponde à distribuição do Fe no tecido. Obs.: o excesso de Fe causa manchas necróticas nas folhas).

Manganês (Mn): As folhas mais novas mostram-se amareladas; as nervuras e uma estreita faixa de tecido ao longo delas permanecem verdes, ficando com aspecto de serem nervuras mais grossas; manchas pequenas e necróticas nas folhas; formas anormais das folhas. Obs.: excesso de Mn, a princípio, induz à deficiência de Fe.

Molibdênio (Mo): Clorose malhada geral, manchas amarelo-esverdeadas ou laranja brilhantes em folhas mais velhas e depois necrose (manchas relacionadas à distribuição do Mo); ausência de florescimento.

Zinco (Zn): Folhas novas pequenas, estreitas e alongadas; encurtamento dos internódios; folhas com manchas amareladas e retorcidas. (Obs.: excesso de zinco induz à carência de Fe).


RESUMO:


Eficiência de absorção radicular x foliar

Paulo N. Camargo e Ody Silva.


Em fim, não desanime, se as plantas não receberem as doses exatas de adubo ainda podem ter um desenvolvimento satisfatório. Use sempre adubos de boa procedência e cuidado com as falsificações.
Procure por adubos que contenham Macro e Micronutrientes.

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