domingo, 27 de agosto de 2017

O B+A= BA DAS ORQUÍDEAS

QUANDO COMEÇAMOS A APRENDER SOBRE ORQUÍDEAS, NOS DEPARAMOS COM MUITAS PALAVRAS DIFERENTES DO NOSSO DIA A DIA...


E, muitas vezes algo que parece ser fácil... cultivar orquídea, acaba se tornando um desafio!

Fomos criados observando nossas mães e avós cuidando de flores, porém estas, geralmente, eram cultivadas nos jardins ou em vasos com terra, em vasos grandes e, seus cuidados estavam na simples rega com água.

Quando ganhamos ou compramos uma orquídea, vemos que ela não está na terra, que o material em que ela está plantada parece seco (muitas vezes). Então, muitas vezes, por desconhecimento alguns à colocam em vasos maiores, alguns a colocam na terra e o pior de tudo, regam com muita frequência. E, no final, acabam por perder a planta e confirmam que cultivar orquídeas é muito difícil!

Lembro que, existem muitas orquídeas que são terrestres, porém em sua grande maioria elas vivem fixadas em árvores, sem serem parasitas (que se aproveitam e retiram da árvore o que precisam). 

As orquídeas quando estão em seu habitat natural, em florestas, retiram seu alimento do ar, das fezes de pássaros, da umidade do ambiente.

Então, ao cuidarmos de nossas orquídeas, vamos pensar: se ela estivesse na natureza, do que ela gostaria?

A resposta seria: 

1 - Protege-las do sol direto (lembre que na natureza, nas árvores, elas são protegidas pelas folhas, que deixam passar alguns raios de sol, porém com o balançar das folhas pelo vento, a incidência dos raios não fica direto.

DICA: Aprenda aqui sobre luminosidade, sombrite, clicando na palavra abaixo:
LUMINOSIDADE

2 - Plantá-la em material inerte. Este material se chama SUBSTRATO.

DICA: Aprenda aqui o que são e como usá-los, clicando na palavra abaixo::
SUBSTRATO

3 - Alimento: a não ser que sua orquídea esteja em uma árvore, ela precisará que você que cultiva em vasos, forneça alimento para ela. Este alimento se chama ADUBO.

DICA: Aprenda aqui os tipos, quando e como usar, clicando na palavra abaixo:
ADUBO

4 - Regas: é mais fácil matar uma orquídea por excesso de água do que pela falta. O excesso de água, manter pratinhos em baixo do vaso, e outros, aumentam a chance de levar ao apodrecimento das raízes, ao aparecimento de doenças e pragas em suas orquídeas.

DICA: Leia mais sobre regas, clicando na palavra abaixo:
REGA

Com apenas estes 4 cuidados você terá lindas orquídeas.

Agora vamos esclarecer algumas palavras que encontramos no nosso dia a dia quando começamos no cultivo de orquídeas, com o intuito de facilitar o entendimento!

AXILA: é o ângulo formado pelo encontro de duas partes da planta. 
         Tenho usado muito a palavra "copinho" para melhor entendimento, quando me refiro a axila das Phalaenópsis, onde nascem as novas folhas.


Notem que após regarmos, a água se encaminha para o centro - AXILA("copinho").
A água parada no "copinho" poderá levar ao apodrecimento e posterior perda da planta.
DICA: seque sempre com cotonetes

BAINHA: base da folha que a prende ao caule.

BULBO TRASEIRO: é o pseudobulbo mais velho, geralmente sem folhas, que segue vivo e pode ser usado na propagação de uma nova planta ou apenas como reserva de nutrientes.

BRÁCTEA: – uma folha modificada de cuja axila emerge uma flor ou mesmo uma inflorescência. Não confundir com espata! Espata é uma bráctea.

CADUCA: que cai após um certo tempo. Algumas orquídeas possuem folhas caducas.

DORMÊNCIA: período de pausa da planta, onde não há crescimento vegetativo. Geralmente ocorre logo após a perda das folhas ou de crescimento, quando a planta reserva as energias para a florada. Normalmente requer temperatura mais baixas e menos regas.

EPÍFITA: Quando uma orquídea, na natureza, vive fixada em árvores, chamamos estas orquídeas de epífitas.
                 Porque é importante sabermos disso? Por que sabendo que ela é epífita, saberemos o tipo de substrato ela deverá ser plantada.



ESFAGMO OU SFAGMO: é um musgo de água muito usado como substrato para plantas novas (mudas) e para as que precisam de mais umidade. Pode ser misturado à outros substratos que retenham menos umidade, equilibrando assim a mistura.


ESPATA: bráctea que protege a inflorescência em formação no seu interior.

Espata Cat forbesii - Cultivo Tati Rodrigues

ESPÉCIE: é o conjunto de plantas que possuem as mesmas características que os diferencia de qualquer outro grupo. Várias espécies formam um gênero.

Criação e design ORQUÍDEAS SEM SEGREDOS

HASTE FLORAL: o que mais queremos! Haste ou pedúnculo é o ramo que se eleva da planta, de onde sairão as flores.



HÍBRIDO: É o resultado do cruzamento entre espécies, subespécies ou entre híbridos, dando origem a uma nova planta, que apresenta características dos pais de origem.
A descendência é resultante da união de duas espécies diferentes (híbrido primário), ou de uma espécie e um híbrido, ou entre dois híbridos.

INFLORESCÊNCIA: conjunto de flores ou qualquer sistema de ramificação que termine em flores, e que se caracteriza pela presença do pedúnculo. ( pode ser notado na foto acima).


KEIKIé uma palavra do idioma havaiano com significado de bebe ou criança, literalmente "a pequena". Os keikis são mudas de orquídeas que aparecem, geralmente, na haste floral, no pseudobulbo ou na base de certas espécies.

DICA: Leia mais sobre Keikis em: KEIKI

LABELO: é a pétala maior e de coloração, na maioria das vezes, que se sobressai das outras.

Partes da flor

MERISTEMA:  é a divisão clonal de uma planta (clone: obtida de uma única planta), podendo ser obtido de gemas, pontas de raiz ou outro.

MONOPODIAL: quando o crescimento é contínuo, em um só pé, sem ramificações ( como nas Vandas, por exemplo)

NÓ: ponto de junção ou encaixe. Pode ser do pseudobulbo, haste floral ou caule. Do nó podem surgir novas hastes florais, folhas ou mesmo raízes. O espaço entre dois nós é chamado entrenó.


PSEUDOBULBO: "Falso bulbo"mais conhecido, apenas como bulbo. É a dilatação do caule Possuem forma mais "gordinha". 



RAIZ: órgão de fixação da planta ou substrato. É a parte que absorve a água e nutrientes.
          Temos ainda alguns termos usados, como:
          Raiz nua: utilizado quando uma orquídea é enviada por alguns orquidários, ou seja, as plantas são enviadas sem substrato.
           Raiz aérea: que se desenvolvem sem substratos, como é o caso das Vandáceas.


RIZOMA: é um caule armazenador de nutrientes, parecido com uma raiz, provido de gemas e escamas. Pode ser subterrâneo ou aéreo.
É dele que saem novos brotos, que irão crescer e, se bem cuidados, irão emitir flores.
OBS: para orquídeas, tipo Cattleya, não devem ser "enterrados"




RUPÍCOLAS: nome dado às orquídeas que vivem sobre rochas. Elas não vivem fixas às pedras e, sim fixadas aos líquens e folhagens decompostas acumuladas nas fendas e partes rebaixadas da pedra.
Laelia lucasiana

SEEDLING: planta nova. É considerada Seedling quando o período entre o "nascimento" da semente até a 1.ª floração. é a orquídea que ainda não floriu.

SELF: é dito da orquídea obtida pela fertilização da mesma flor, aplicando-se o seu pólen sobre o próprio estigma. Também conhecida como fecundação artificial.

SIMPODIAL: quando o crescimento da planta se faz nos dois sentidos (horizontal e vertical).



SUBSTRATO: é o material em que plantamos nossas orquídeas. Hoje em dia temos vários materiais que podem ser usados no plantio de orquídeas, e que substituem o xaxim (em extinção e proibido sua retirada da natureza, comércio e afins).
O substrato pode ser de um só tipo (ex: casca de pinus) ou fazer um MIX - mistura de dois ou mais tipos juntos (ex: casca de pinus +carvão)

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